Localizado no Oceano Atlântico Norte, a cerca de 900 quilômetros da costa da Groenlândia. É o país mais ao norte da Europa e o único país da Europa a ser banhado pelo Círculo Polar Ártico. A Islândia é um país conhecido por sua beleza natural e sua riqueza geológica. No entanto, essa mesma geologia também traz perigos e desafios para os seus habitantes. Nos últimos dias, a ilha tem vivido uma intensa atividade sísmica e vulcânica, que levou à evacuação de uma cidade e ao fechamento de uma das principais atrações turísticas do país.
A Islândia possui cerca de 33 vulcões ativos |
Um país com uma população relativamente pequena, de cerca de 360.000 habitantes que enfrenta uma crise sísmica sem precedente.
Tudo começou no dia 25 de outubro, quando uma série de terremotos foi registrada na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia. Essa região é um ponto quente vulcânico e sísmico, onde se encontra a cidade de Grindavík, o balneário geotérmico de Blue Lagoon e a usina geotérmica de Svartsengi. Os tremores se intensificaram nos dias seguintes, chegando a cerca de 1.400 entre quarta-feira (8) e quinta-feira (9). O mais forte deles foi de magnitude 4,8.
Os cientistas que monitoram a situação descobriram que os terremotos eram causados por uma intrusão de magma no subsolo, que estava se movendo em direção à superfície em uma velocidade muito maior do que a esperada. Eles estimaram que o magma estava a apenas 800 metros da superfície, o que aumentava o risco de uma erupção vulcânica ou submarina.
Diante desse cenário, as autoridades islandesas decidiram evacuar a cidade de Grindavík na noite de sexta-feira (10), como medida de precaução. Cerca de 4.000 moradores foram levados para abrigos em outras localidades, enquanto equipes de emergência e defesa civil se preparavam para uma possível crise. O balneário de Blue Lagoon e a usina de Svartsengi também foram fechados temporariamente.
Torre Imagine a Paz — Memorial dedicado ao John Lennon |
Até o momento, nenhuma erupção foi confirmada, mas a atividade sísmica continua alta e o alerta permanece. Os especialistas afirmam que a probabilidade de uma erupção acontecer nos próximos dias é considerável, e que ela pode ser tanto efusiva (com fluxos de lava) quanto explosiva (com cinzas e gases). Eles também alertam para os possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos de uma erupção, como a poluição do ar, a interrupção do tráfego aéreo, a perda de infraestrutura e a redução do turismo.
A Islândia tem uma longa história de convivência com os vulcões, que fazem parte da sua identidade e cultura. Nos últimos anos, o país testemunhou várias erupções em áreas despovoadas, que atraíram milhares de visitantes e admiradores. No entanto, a situação atual é diferente, pois envolve uma área habitada e estratégica para o país. Por isso, os islandeses esperam que a natureza seja benevolente e que a crise seja superada sem maiores danos.
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